De 19 marcas de azeite extravirgem testadas, quatro sequer podem ser consideradas azeite
Se você costuma optar pelos azeites extravirgens por acreditar que
eles sejam mais puros, saborosos e saudáveis, é melhor tomar cuidado, pois você pode estar sendo enganado.
Das marcas de azeites que testamos, boa parte dos que se dizem "extravirgens", na verdade, não passa de "virgens" e alguns são até "lampantes".
A PROTESTE já realizou quatro testes com esse produto, e, este foi o que teve pior resultado, com o maior número de fraudes contra o consumidor.
Verificamos se havia produtos adulterados, ou seja, comercializados fora das especificações estabelecidas por lei.
E, também que preço e renome nem sempre são sinônimos de maior
qualidade. O melhor do teste foi, de fato, o que custa mais caro entre
os testados. Porém, nossa avaliação mostra que há outros produtos de boa
qualidade que custam bem menos.
Fizemos a análise sensorial em laboratório reconhecido pelo Conselho
Oleico Internacional (COI). Eles avaliaram a qualidade das amostras
quanto ao aroma, à textura e ao sabor de acordo com parâmetros técnicos. Segundo a legislação, em azeites extravirgens não podem ser encontrados defeitos na análise sensorial.
Analisamos diversos parâmetros físico-químicos para detectar possíveis fraudes:
presença de óleos refinados; adição de óleos obtidos por extração com
solventes; adição e identificação de outros óleos e gorduras; adição de
outras gorduras vegetais.
Na análise sensorial, apenas oito marcas tinham qualidade de azeite
extravirgem de acordo com os especialistas. Entre as outras, sete alcançaram defeitos que, pela legislação, as caracterizavam como azeites virgens. São elas: Borges, Carbonell, Beirão, Gallo, La Espanhola, Pramesa e Serrata.
As quatro marcas com problemas de fraude foram também consideradas, pela análise sensorial, como azeites lampantes. São elas: Tradição, Quinta da Aldeia, Figueira da Foz e Vila Real.
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