Verão pode ser o mais quente em 100 anos
Pode guardar o casaco no armário e preparar o ar-condicionado. A máxima de 37,3 graus na tarde de ontem em Campo Bom vai parecer agradável perto do calorão que está por vir e que promete tornar esse verão um dos mais quentes, segundo a MetSul Meteorologia.
Nesta semana, as temperaturas não serão tão altas quanto às registradas na semana passada, principalmente por pancadas de chuva isoladas que devem evitar o excesso de calor. Na primeira semana de fevereiro, o calor deve se intensificar no Sul do Brasil. “Será um evento excepcional de calor que pode fazer deste verão o mais quente ou um dos mais quentes já registrados em mais de um século de observações meteorológicas na região de Porto Alegre”, comenta o meteorologista-chefe da MetSul, Eugenio Hackbart.
Ele explica que o calor formará uma “bolha” de ar extremamente quente que deve durar de 10 a 15 dias. “É uma verdadeira panela de pressão com o ar quente aprisionado nela e se intensificando enquanto o ar mais frio que poderia trazer alívio fica bloqueado mais ao Sul do continente.”
Máximas devem ser ainda mais altas
Com essas condições climáticas, Hackbart explica que o bloqueio criado pela “bolha” será tão intenso e por tanto tempo, que as ondas de calor serão muito fortes, longas e com máximas extremas. “É muito provável que durante a primeira semana de fevereiro tenhamos máximas mais altas que as registradas na última onda de calor da semana passada com enorme sensação de desconforto e mais transtornos para a população como falta de luz e água”, salienta.
Hoje, a temperatura já volta a registrar máximas de até 37 graus e durante o restante da semana pode chegar a até 39, dependendo principalmente do horário da ocorrência de pancadas de chuva isoladas. Segundo o meteorologista, quanto mais tarde acontecerem as ocorrências, mais quente deve ser o dia.
Fonte: Jornal Diário de Canoas
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